Ao renascer não é suposto, em princípio nascer mais do que uma vez, mas é suposto queimar causas velhas por novas causas o quantas vezes o for necessário para progredir e crescer, como numa divisão celular, numa geminação vegetal, numa eclosão ou num parto animal, numa cadeia que se promove em si numa evolução precoce e sistemática. A religião consagra o termo ressuscitar e a política o ressurgir para justificar os cismas e as sucessivas alterações naturais, sociais, humanas e formais como resposta às novas exigências. Na economia emergiu o valor da meritocracia na arte e no engenho individual e na finança o da resiliência coletiva na força do poder e do saber sem limites, por disrupção, portabilidade e sustentabilidade enfrentemos sem medos a demagogia que nos retiram a todos a esperança e a confiança e só já produzem o caos.
A humanidade neste momento perdeu a confiança em si própria, nas intuições por não cumprirem e defraudarem os princípios e os valores face a interesses transversais e a governos que se desresponsabilizam por delegação de competências. A ilegalidade, a irresponsabilidade e a incompetência proliferam como ervas daninhas para destruir a ordem existente, já de si precária e substitui-la por uma nova ordem mundial que possa reverter a lei para alguns, os chamados donos de isto tudo. O novo paradigma está a alienar as relações individuais, familiares e sociais e atribui ao individuo um número, uma localização e uma condição, em substituição do direito a um nome próprio/apelido.
A humanidade não tem toda as mesmas causas, os mesmos contextos, as mesmas consequências políticas, religiosas, económicas, financeiras e o planeta os mesmos equilíbrios ecológicos e as mesmas infraestruturas estruturais face às localizações geográficas e às situações conjunturais. As capacidades de adaptações, as resistências e as transformações elegem o ser humano como o habitante primordial, herdámos uma sociedade e um planeta de equilíbrios e desequilíbrios constantes e com processos de negócio ao longo de milénios. Nestes processos de evolução sem e com livre arbítrio atenção aos atos, às palavras e às teorias das doutrinas incendiárias e inqualificáveis em que o que parece não corresponde à realidade e há as que não se respeitam nem a si próprias quanto mais as outras e ainda muito menos o que lhes é posto á disposição.
Entretanto cuidado com as doutrinas em que todos os indivíduos são honestos, pacíficos e sociais, existem indivíduos menos honestos, menos pacíficos e menos sociais, todos são bem-vindos desde que respeitem a liberdade de expressão, a igualdade de oportunidades, a fraternidade das organizações e a solidariedade face à dignidade individual e desde que cumprem com as obrigações e os compromissos. Ao interferirem e ao subestimar os princípios e os valores essenciais não querem fazer parte do todo e é inútil cultivar indivíduos de má qualidade na certeza porem que os devemos respeitar e não humilhar, mas estar sobreaviso quanto às suas obrigações, compromissos e desequilíbrios e não ter medo de atuar face a um equilíbrio universal para todos.
Entrámos em rota colisão e temos de renascer das cinzas, os resultados são cada vez mais assustadores, só nos resta apelar à esperança e à confiança, envolver a juventude, os adultos e a terceira idade persistentemente e com paciência e não esquecer nunca que a primeira é a última a morrer e a segunda a primeira a sucumbir. A força do Universo reclama-nos com uma de duas opções, de vivermos ou morremos como gente ou como animais, encontrem as soluções adequadas e exequíveis à sobrevivência dos ecossistemas e da sociedade, não podemos a ser cínicos e hipócritas para com a vida.
“Um homem precisa se queimar em suas próprias chamas para poder renascer das cinzas!” Friedrich Nietzsche