12/06/2025 às 08:26

ACASOS DOS CASOS

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O Mundo após diversas eleições ficou incrédulo com os resultados, perplexo com a engrenagem das causas e a civilização confusa sobre os contextos e como foram possíveis, envergonhada com as consequências sobre os valores e os princípios da democracia, alienada por os equívocos num emaranhado de meias verdades e meias mentiras da diplomacia.   As sociedades em qualquer continente estão afónicas no ser e estar equivocadas sobre o fazer e o saber, a perturbação é geral, impossibilitadas ou mesmo prejudicadas, com poucos compromissos no futuro e ainda resignadas pelas perspetivas frustradas. As incertezas sem saber o que dizer e fazer em certos e determinados conflitos, entre os recursos naturais e humanos, entre a sustentabilidade dos ecossistemas e a sobrevivência das economias no novo paradigma das relações sócio métricas de fato e de direito precárias, inconsistentes, subjetivas e voláteis.

A humanidade em geral sente a pressão normal e a opressão anormal após a atrapalhação com os resultados das eleições e os métodos de resiliência, gerada pela preocupação e exigência, provocando um desconforto físico e psicológico uma angústia e aflição constante, uma melancolia e inércia estrutural de irritação e de sofrimento pela conjuntura que premeia a meritocracia de uma atual minoria e menospreza o esforço, a dedicação e o compromisso global conquistado. A transição de uma para outra situação revela a existência de um conflito latente sejam quais forem as causas, os contextos à partida, o justificável já é injustificável por razões que passaram para além do equilíbrio indeterminável, mas determinável a todo o tempo com ou sem mútuo acordo. A coexistência entre as partes atormenta, é desgastante e doentia, nas propostas, nas discussões e nas conclusões indecentes das resoluções ou entendimentos. 

A civilização está com uma sensação de terror, um desconforto emocional por um perigo iminente, uma ameaça que é mais real do que imaginaria, a ameaça no contexto mundial em que uso de armas nucleares poderão despoletar um conflito sem precedentes.  O envolvimento de blocos políticos, económicos, financeiros com argumentos fundamentalistas e com fanatismos religiosos que geram instabilidade à escala mundial, com recurso à tecnologia sofisticada utilizada até em alvos civis ilícitos.  Os danos colaterais às populações são incendiários, nomeadamente, em crianças ou idosos e são inqualificáveis quando não é permitida a ajuda humanitária à fome e à doença ou à perseguição aos voluntários das organizações não governamentais.  

As sociedades dos conflitos regionais são vítimas delas próprias, um conflito na base de uns espaços ocupados doados por uma União de Estados e uns outros na base do além do imposto por uma resolução de uma União de Estados, num dos quadros diplomáticos comprometiam-se à neutralidade de blocos, a uma zona de tampão, no outro quadro diplomático comprometiam-se à convivência de vizinhança a fim da existência de dois Estados.     No passado atarefados na ignorância, no presente atrapalhados na miséria e no futuro aterrorizados no medo, com consequências humanitárias sem precedentes, de tragédias e comédias negociadas ou impostas por outros entre a paz e a guerra.    Os conflitos resultaram de interesses digamos oficiosos, no seio dos estados beligerantes e das potências nucleares, com aproveitamentos políticos. económicos, financeiros e religiosos oficiais, com aliados diferentes e também eles com interesses geoestratégicos, mas no final restará o silêncio dos inocentes e um insuportável luto.

Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem. Jean-Paul Sartre

12 Jun 2025

ACASOS DOS CASOS

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