21/05/2025 às 08:15

VICIAN – VÍCIOS

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A sobrevivência do mais forte no saber e no poder, até aos dias de hoje, é uma realidade que determina a evolução, fruto da competitividade, da inteligência, do interesse, da ambição e da subsistência  O mundo está envolto em escuridão pelos vícios da sociedade e luta por um lampejo de uma nova geração, uma escuridão obra da relação biunívoca entre o poder e saber, que atrapalham, atormentam e aterrorizam, com contratos de vida viciados de diferentes razões de direito e de facto.   A massificação da política a favor do medo, a evangelização da religião a favor da ignorância, a desestruturação da economia a favor da miséria e a desestabilização das finanças a favor dos multimilionários ou oligarcas. As causas dos vícios têm naturezas e objetos diferentes, conforme os contextos das tragédias e comédias humanas, mas as consequências são distintas, a sobrevivência e a subsistência mundial ou o luxo e a opulência de uma ínfima minoria que detém o poder e o saber e o controle da exploração de quaisquer recursos. 

As avaliações e as definições atribuídas ao poder e ao saber não podem ser dissociadas da existência humana, pois fazem parte do caráter da Humanidade, construindo nas Instituições e nas Organizações pontes para reunir quaisquer tipos de diferenças, mas assegurando sempre e sempre os bens e os serviços de primeira necessidade.  Um lampejo da nova geração é urgente, necessário e imprescindível, o universo reclama por um novo paradigma, toda a gente é pessoa e não se nasce para sobreviver em condições desumanas e sujeito a conflitos bélicos.  O planeta não tem mais condições face às alterações climáticas, nomeadamente as catástrofes naturais provocadas pelo aquecimento global, a degradação do ambiente pelo abate da fauna e da flora selvagens e uma exploração desenfreada dos ecossistemas. Um estilo de vida que põe em causa a sustentabilidade da humanidade, nomeadamente na saúde, na habitação, na educação e no trabalho e faz dos homens e mulheres filhos de um Deus menor, não há argumentos justificáveis de raças, géneros, filosofias, políticas, religiões ou credos...

.A Humanidade desde sempre conseguiu desenvolver-se à medida que os domínios dos instrumentos postos à sua disposição evoluíram, mas ninguém nasce para ser indigente, a vida é para todos, antes disruptivo hoje do que ir-retroativo amanhã, face ao medo, à miséria, à ignorância e à dependência compulsiva negativa das novas tecnologias da informação e da comunicação, não podemos ficar reféns de parametrizações ou certificações, ser reduzidos a números, a estatísticas, a descartáveis por algoritmos.  A nova geração por necessidade e interesse irá surpreender e encontrar por portabilidade com a ciência as condições para a sobrevivência, alguns serão vitimas de conflitos sem precedentes face ao choque entre as palavras, as ideias e as doutrinas do passado, as urgências e as emergências do presente e as soluções e inovações do futuro.

O empreendedorismo e a inovação estão, permanentemente, no pensamento da Humanidade, mas mais importante seria o Homem e a Mulher reavaliarem todos os seus valores, com base nos princípios e nos direitos fundamentais, a fim de devolverem à liberdade, à igualdade, à fraternidade e à solidariedade, os lugares que devem ocupar no âmbito das relações humanas, entre os cidadãos, os povos e as raças.  O século XXI vai estar numa nova página nas Idades da Humanidade, esperemos que a Democracia não seja o último dos regimes depois de todos os outros se terem extinguido, que o poder e o saber continuem a inovar, a modernizar e a surpreender, com o respeito pelos valores, os princípios, os direitos fundamentais e as declarações universais, para que a civilização possa evitar os excessos e os riscos, garantindo o direito à vida e, ainda, a dignidade na cidadania.   A sociedade deve saber empregar esse comportamento de maneira adequada, ajustando-o à ética, e construir o futuro com base num diálogo aberto entre as capacidades e as necessidades de e para todos em paz.

Todos os vícios, quando estão na moda, passam por virtudes.     Molière

21 Mai 2025

VICIAN – VÍCIOS

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