Os Estados Unidos da América são constituídos por repúblicas constitucionais federais que tiveram origem na revolução americana, 50 estados e o distrito federal de Colúmbia, povoados pelos paleoindigenas há mais de 15 mil anos, uma população nativa reduzida por doenças e guerras face ao contato com os europeus, fundados no princípio por 13 colónias do Império Britânico na costa Atlântica. Em 4 de Julho de 1776 é formalizada a Declaração de Independência e a Convenção de Filadélfia aprovou a Constituição em 17 de setembro de 1787, com uma Carta dos Direitos Fundamentais composta com dez emendas onstitucionais ratificada em 1791. Um propósito expansionista e a doutrina do destino do manifesto expressam o propósito “a crença de que o povo americano foi eleito por Deus para civilizar o continente”.
O destino do manifesto é base do paradigma da filosofia expressa no primeiro programa de ação e da sua oposição como outra doutrina, existindo desde o início uma bipolarização da política americana, face ao objetivo do Admirável Mundo Novo que teve como consequência a sua expansão até às margens do Oceano Pacífico. A conquista do Oeste e a Escravatura vão ser as duas principais causas da evolução para o sonho americano que tem como valores “todos os homens são criados iguais” com direito à “vida, liberdade, propriedade e a busca pela felicidade”. O sonho americano é como qualquer utopia tem os tempos do tempo, um para nascer e crescer, um outro para amadurecer e colher frutos e um outro para o declínio e eventualmente se extinguir, é a ordem natural do Universo, com uma filosofia própria e uma história muito recente.
O sonho americano é atualmente uma falácia alimentado e suportado pela nova ordem mundial, as ditaduras dos mercados, os blocos políticos centrais e as nomeações seletivas para os altos cargos de signatários tutelados por fundos financeiros, offshores, bolsas mundiais, organizações políticas e religiosas, irmandades/confrarias de rostos e vozes sem rosto que coagem os pareceres, os despachos e as homologações institucionais. As teorias ou pseudo teorias da conspiração não são mais do que a fumaça que se pretende gerar nos supostos ou pressupostos para promover, provocar e parametrizar o objetivo de manter o regime de uma super potência e desviar atenções com entretimentos de show off, por meios áudios visuais ou pelas redes e suportes da Internet com o fim de continuar a massificar e a explorar a referida falácia.
Nos Estados Unidos da América existe um fosso muito grande no conhecimento, a ignorância ou uma pseud ignorância está generalizada pela corrupção para que desde sempre assimilem um código de barras e fiquem seriados e orientados nas perceções das sensações do Mundo e da Vida. O culto das armas pessoais, promove o medo ou a cultura da prepotência como argumento de arremesso sempre que haja necessidade de restringir a liberdade, ou seriando as oportunidades de igualdade, promovendo a hierarquia do nepotismo como meio para controlar quaisquer expressões que ponham em causa as nomenclaturas. A miséria é mais que muita, pela extorsão dos interesses multinacionais e conglomerados, sem segurança social universal, sem um serviço nacional de saúde e com uma escola pública para entreter que fomenta um clube de poetas mortos em que poucos são aqueles que ultrapassam essa associação e se libertam e despertam para uma sociedade menos distópica e com uma visão mais ampla para os graves problemas da sustentabilidade do planeta, da humanidade e do universo.
A sociedade americana está numa mutação genética atrapalhada por paradoxos existenciais, atormentada com cobranças de quaisquer natureza e objetivo, face às grandes diferenças de estatutos sociais da população e aterrorizada por a instabilidade laboral, o desemprego e a insegurança pública, num contexto da emigração, da delinquência juvenil e da criminalidade organizada que tem como consequência opções para quaisquer meios de repressão. Ao nível das finanças há muito que se encontra em falência técnica reflexo da crise mundial que só os conflitos regionais conseguem disfarçar, a divida pública reflete-se na emissão alienatória de dinheiro para circulação, acresce ainda uma propaganda da imagem a qualquer preço e um controlo dos hardwares e de softwares a nível mundial, numa dinâmica política onde emergiu o populismo reacionário com base nas seitas religiosas (Partido Republicano) e um liberalismo do politicamente correto prepotente, preconceituoso e protestante (Partido Democrático).
“Eu não vejo nenhum Sonho Americano, eu vejo um Pesadelo Americano.” Malcolm X