14/03/2025 às 08:46

NOMOFOBIA- DEPENDÊNCIA COMPULSIVA

8
3min de leitura

A civilização quer em termos individuais ou coletivos das sociedades sujeitam-se a uma dependência compulsiva das redes móveis, a humanidade subjetivamente ou objetivamente depende das infraestruturas dos serviços e dos bens de primeira necessidade para viver ou sobreviver e até para manter um pseudoequilíbrio social. Os interesses económicos, financeiros, políticos e religiosos capturaram as organizações e as instituições e conectaram as necessidades básicas, inadiáveis e irrefutáveis, capturando assim também a vida dos cidadãos.  A liberdade como princípio fundamental nunca pode nem deve ser subvertida, manipulada, maniatada ou cedida pelo Estado a quaisquer Instituições ou Organizações pelas referidas redes, salvo quando haja interesse público e devidamente fundamentado e para os devidos efeitos quando esteja em causa a segurança pública ou do Estado.

A humanidade tem uma relação com as redes móveis sociais como uma dependência igual à que o individuo tem com as substâncias alucinogénias, despertam a curiosidades individuais e convidam a experimentarem, com propostas por vezes indecentes, posteriormente começam a cobrar o vicio e numa fase mais avançada vão estimulando e alimentando a carência para consumir cada vez mais quer em quantidade quer em qualidade.   O denominado efeito de bolha, de uma maneira geral, estabelece-se sem que os indevidos se deem conta da rendição a que estão a ser sujeitos e às pressões sobre a dignidade da pessoa, com perda de recursos voluntários e involuntários e entregam nas mãos de uma minoria a exploração social e emocional, como fiel depositário, dos seus interesses conforme as necessidades e as capacidades, nomeadamente a juventude.  

Acresce ainda que quando despertam para a situação o quadro normativo que o possa defender e auxiliar ou não existe, ou é muito rudimentar e ainda complicado ou ainda leva muito tempo a repor a justiça, atendendo às forças de bloqueio que condicionam e retardam a qualquer preço para manter a cadeia da exploração da indigência económica e financeira.   A globalização é fruto das redes sociais, uma guerra surda e muda dos grandes conglomerados económicos e financeiros, religiosos e políticos até entre superpotências visando o controlo da humanidade em geral e em particular a informação e a comunicação individual, nomeadamente com as certificações digitais, numa violação encapotada dos princípios e valores fundamentais mesmo que penalizados com avultadas multas.

A Internet limita ainda outros direitos fundamentais, a fraternidade, ao gerar um universo de infoexcluídos para não mencionar os analfabetos, cidadãos que não tiveram por diversas razoes acesso às novas tecnologias da informação e da comunicação que para alem de não comunicarem ao nível deste novo paradigma, não comunicam também com a integração social nas Instituições governamentais, criando-se cidadãos de primeira, de segunda e indigentes. No suposto Mundo dos loucos, tontos e anormais limita-se ainda a solidariedade quando a maioria destes indivíduos já não tem condições para se equilibrar por si próprios quanto mais para ter capacidades para olhar pelo semelhante porque, entretanto, baralharam os valores e os princípios com uma demagogia informal e seletiva.

A conjugação destas fraturas na sociedade reverte para uma resiliência que não será mais que quando não houver paciência e perdemos a noção dos direitos e deveres, temos o vale tudo a qualquer preço e doa a quem doer.       Um poder e saber sem rosto que elege uns quantos lideres para massificar a humanidade, conduzi-la e controla-la de acordo com os propósitos e ambições programáticas para um lucro progressivo e numa degradação constante.      É urgente e necessária uma disrupção como opção certa para combater estas situações crescentes com um propósito que ponha em causa toda cadeia objetiva e subjetiva da nomofobia, desta falácia da atual existência, num processo de negócio que está a levar à destruição da Humanidade, do Planeta e do Universo, com um estilo de Vida que, está a transformar o dia a dia cada vez mais virtual, depressivo e sem perspetivas de futuro.

“A tecnologia move o Mundo”     Steve Jobs

14 Mar 2025

NOMOFOBIA- DEPENDÊNCIA COMPULSIVA

Comentar
Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Twitter
Copiar URL