10/03/2025 às 09:27

O PAÍS DO NUNCA E DE PROMESSAS

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Uma Nação tem um propósito e um paradigma, um País tem compromissos e objetivos,um Estado tem recursos humanos, formais, patrimoniais e naturais e um Povo uma génese que não pode estar sujeito à inercia e ao compadrio dos governos, à gestão danosa por influência de lóbis religiosos, políticos, económicos, financeiros, a uma curadoria de certificações cooperativistas, a pareceres negociados e ainda a uma justiça complexa, lenta e conflituosa. Portugal é muito mais do que um País com fronteiras, do que um Estado de direito, é um espírito e uma alma, um espírito para a Europa e uma alma para o Mundo, uma chama que irrompeu de um povo chamado “Lusitanos”.

Uma Nação que nasceu entre vales e serranias em terras de Viriato, do mondego até ao douro, de um pastor que mais tarde se tornou guerreiro por necessidade de lutar pela independência de um povo, por confronto com o poder romano e a quem Júlio César informava da existência na Ibéria de “um povo que não se governa nem se deixa governar”. Ao longo dos séculos tem sido o prefácio de uma história que passa pelo Mundo e que é contada e narrada por esta Nação, com palavras imortais dos escritores e poetas, com ideias eternas dos que nos governam e com doutrinas divinas de filósofos, políticos e clérigos que, por vezes, nos atrapalham, atormentam e aterrorizam.

Um País que sempre sobrevive a um cabo das tormentas como um naufrago e que não perde o propósito ou que renasce das cinzas como uma Fénix pronto para um próximo paradigma, uma Nação voltada para o Mundo que agrega um Universo de outros Países pela língua, um País com um espírito Europeu que defende uma globalização e os direitos da Humanidade e um Povo com um coração grande que deu a conhecer mais Natureza. As causas, os contextos e as consequências levaram-nos a dividir o Mundo em dois, a cruzar oceanos infindáveis, a descobrir culturas inimagináveis, a cultivar o amor ou o ódio com outras gentes, a ser respeitados pela raça e temidos pela coragem que acredita ainda em El Rei D. Sebastião e no chamado quinto Império.

Um Povo que merecia muito mais pelo ser, ter, estar e fazer, mas que incendiários e inqualificáveis nas artes da corrupção, nepotismo ou extorsão da monarquia à república, por prepotência no poder ou por preconceito no saber fomentam a demagogia e dão-nos a utopia de duas opções, o mau ou o medíocre, raramente o suficiente ou mesmo o bom. Uma educação e um ensino deficientes, impede-nos de dar um saldo qualificativo sem o qual a mocidade lá vai cantando e rindo levada por falsas promessas dos que comem tudo e não deixam nada, acreditando que a vida é feita de esperança.

Um País adiado pela a abstenção e das promessas esquecidas após os atos eleitorais, o povo deixa de expressar as opções e tem maiorias absolutas que são relativas e passa a ser uma falácia os órgãos eleitos não existindo força suficiente para fazer cumprir os programas. O voto não obrigatório é um meio para um suposto fim, para a sobrevivência dos mesmos de sempre e de mais alguns que por oportunismo reclamam “chega” a coberto de um substancial número de revoltados aguardando uma distopia do regime democrático É urgente que o Povo volte a acreditar na alma e no espírito desta Nação.

A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações. Winston Churchil

10 Mar 2025

O PAÍS DO NUNCA E DE PROMESSAS

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