Mulheres de todas as raças e etnias, de todas as religiões e credos, de todas geografias e origens, no princípio serão verbos mais tarde mulheres, algumas serão mães, algumas serão filhas e outras serão netas, todas compartilham uma jornada comum com diferentes experiências e desafios.
Mulheres com um propósito, de múltiplas paixões e identidades femininas, promovendo a valorização de cada uma delas na sua singularidade e na contribuição de força, de resistência e de resiliência.
À mulher e mãe de todos os dias, com passado, presente e futuro, louvada e cheia de graças e que o seu bem esteja sempre convosco e connosco, que crias os teus filhos e pensas nos teus netos, muitas vezes, sem qualquer proteção, amparo ou carinho, na esperança de um futuro que há de vir para que possas descansar em paz.
À mulher e filha de todos os dias, com presente, cheia de ilusões por um amanhã melhor que quantas vezes não tens mãe, mas que desejas quase sempre ter filhos, sem o peso ainda de um passado lavado e enxuto pelo vento da rua que caminhas, caminhando, por dever de um desígnio de crescer, amar e fecundar.
À mulher e neta de todos os dias, imaculada sempre, mas já com pecado original social, descobrindo as verdades, as mentiras e os sabores da vida, onde o sol, o vento e a chuva vão passando, algumas vezes azeda por desgostos, mas quase sempre doce à espera de alguém que há de vir cheio de glória, para que a ajude a cumprir o seu desígnio.
Nem todas elas serão mães, umas por razões de facto, outras por razões de direito, opção própria, mas todas com a mesma missão, por princípios e por valores, desde os tempos dos tempos, louvando umas vezes os Deuses da Natureza e, outras vezes, os Deuses da Humanidade, mas promovendo sempre o Deus do Universo para que haja futuro.
Nem todas elas serão filhas, mas na grande maioria serão geradas por gestação natural e normal, supostamente criadas com carinho e amor, outras vezes, entregues ao destino para cumprir o seu desígnio, com todos os deveres e, às vezes, com muitos poucos direitos, muitas vezes estigmatizadas pelas agruras da vida, mas sempre com esperança no dia que chegará.
Nem todas elas serão mulheres, por acaso ou por destino. Nem todas elas irão cumprir os seus desígnios, nem todas elas chegarão à velhice com dignidade, algumas serão escravas, por defeitos ou excessos sociais, mulheres sem rosto, sem justiça, esquecidas quase sempre, mas todas são mulheres imortais, divinas e eternas.
Às mulheres em geral, em particular às mulheres de uma vida difícil e em especial às das nossas vidas, sem uma delas nunca teríamos existido dedicamos fé, amor e esperança, mas o maior deles, porém, o amor.
“Não nascemos mulheres, tornamo-nos mulheres” Simone de Beauvoi