O termo geração tem origem no latim “generationne” refere-se a um grupo de pessoas e a um período de tempo entre 20 a 30 anos no qual nascem, crescem e fazem-se adultos. As classificações das gerações desde o século XX, não sendo aceites ao nível científico têm um cronograma cada vez mais comum, são nomeadas por diferentes interpretações dos comportamentos, costumes e valores relativamente à evolução. Uma geração tem uma visão do mundo e da vida num contexto histórico cultural, político, social, económico e financeiro que influencia o saber ter, ser, fazer e estar em diferentes ambientes. Uma teoria e prática comum usada pelas instituições e empresas a fim de refinarem o discurso e as soluções, essencialmente num mercado competitivo, além de ser útil para se interpretar os cidadãos nas organizações do trabalho de acordo com a geração e diversificar as equipas com diversas idades.
Os Baby Boomers nascidos entre 1945 e 1964, no período pós segunda guerra, exponenciaram a natalidade. A geração X do período de 1965 a 1984 foi a primeira geração a experimentar os avanços tecnológicos, a verem ambos os pais a trabalhar, a terem tarefas da casa, com um comportamento progressista. Geração Y ou Millennials: nascidos entre 1981 e 1996 com relacionamentos virtuais, mas não abdicaram das relações à moda antiga. Geração Z: nascidos entre 1997 e 2010 é a geração que desenvolveu a nomofobia e a dependência digital, tão vital como dormir ou comer. Geração Alfa desde 2010 até ao presente, independente, curiosa, observadora, ágeis, impacientes e menos concentrados. Geração Beta embora não haja consenso, para uns, esta geração nasce desde 2020 e para outros em 2025, irão moldar o futuro se eventualmente não existirem fatores que possam desequilibrar o já precário equilíbrio geracional face à inteligência artificial emergente e às alterações climáticas existentes.
Os conflitos geracionais têm causas, contextos e consequências face à visão do mundo e da vida, é um fenómeno social de desentendimentos e de atritos: no trabalho, na família e até nas políticas em áreas da sociedade. As causas residem nas experiências, valores e expectativas atendendo a transformações sócio económicas, avanços tecnológicos e mudanças culturais. A geração Y valoriza um ambiente descontraído, flexível e as oportunidades ao passo que a geração anterior valoriza a hierarquia e a estabilidade. Nestes contextos deve-se promover a compreensão e a colaboração entre gerações, no caso de não existir acordo entre as partes resultará instabilidade em quaisquer situações e como consequência a degradação da sociedade e por vezes ruturas no Estado de direito com revoltas que podem até levar a golpes de Estado.
O Planeta está a assistir a um conflito não de gerações, mas de interesses financeiros e económicos em que subordinam a religião e a política objetivamente, a baralhar e jogar os seus dogmas subjetivamente, provocando e aproveitando o conflito ou promovendo a compreensão e colaboração geracional. A Humanidade viveu sempre com conflitos, mas a geração X valorizou a dedicação e o esforço da Baby Boomers deu à geração Y o que não teve oportunidade, está angustiada com os conflitos de terror para a geração Z, acarinha com afetos e presença a Alfa, mas tem esperança que a Beta possa ter um futuro com sustentabilidade.
O Universo reclama um outro paradigma em que se valorize o que tem valor e se dê vida a quem quer viver em harmonia com todos os Deuses, com todas as filosofias políticas, religiosas, económicas e financeiras, não vamos destruir tudo o que construímos na nossa evolução histórica. Um convite à reflexão sobre como podemos trabalhar juntos para um futuro mais equilibrado e sustentável, respeitando as diversas perspetivas que compõem a sociedade, numa humanidade em constantes transformações das relações sociaismétricas e geoestratégicas em que o dinheiro e os investimentos gerem os conflitos entre gerações.
Cada geração se imagina mais inteligente do que a anterior, e mais esperta do que a que virá depois dela” George Orwell