05/02/2025 às 13:00

SUBSISTÊNCIA DA SOBREVIVÊNCIA

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A humanidade necessita para sobreviver de uma disrupção no sistema mundial, as falácias dos mercados são umas das causas de instabilidade, em contextos da falência da sustentabilidade das sociedades e dos ecossistemas, quer por excesso de investimento em áreas nomeadamente em conflitos bélicos, em projetos inimigos do ambiente e por faltas em políticas de saúde, educação e investimento público. A nova conjuntura tem novos princípios e valores económicos e financeiros que resultam dos choques sistémicos entre regimes políticos que condicionam o desenvolvimento do Homem e do Planeta e em que nada objetivamente ou subjetivamente é proposto e aprovado sem o parecer e aval dos mercados e das organizações financeiras mundiais.

A rede que esta nova Ordem Mundial construiu com e para os Estados ao nível das ditas organizações internacionais é subtil, silenciosa e digamos que até direta ou indiretamente belicista na medida em que não se preocupa ou intensifica ainda mais a miséria, o medo e a ignorância de milhões de seres humanos, servindo-se da ambição dos interesses geoestratégicos e das necessidades e capacidades alheias.  As nomeações para os cargos estão sujeitas aos fatores políticos, religiosos, económicos e financeiros agregando uma nomenclatura extremamente bem estruturada em que as novas tecnologias da informação e documentação e com a inteligência artificial justificam os meios para certos e determinados fins, promovendo a instabilidade.  

A conjuntura Mundial tem razões que a razão reconhece e aparece com cenários de acordos de paz pontuais e a termo certo, com profetas da utopia, distopia ou retrotopia de incendiários e inqualificáveis, onde a verdade é a primeira vitima e a demagogia é promovida e impera a todos os níveis.   Os novos princípios e valores alienam a liberdade e a igualdade individual e coletiva e ainda o humanismo e o voluntariado são substituídos pela resiliência com o sofrimento para alem da resistência e a meritocracia do doa a quem doer, mas sem reclamações. O propósito do novo paradigma é continuar a funcionar subsidiariamente, mas que cumpre o supremo objetivo de um crescimento financeiro e económico hoje e o amanhã logo se verá, com graves consequências nas alterações climáticas e por sua vez nas condições de trabalho (stress climático).

Os mercados afastam-se ou aproximam-se da sociedade por vontade dos regimes democráticos, autocratas e ditatoriais provocando inflação, a deflação ou até mesmo a reflação manipulando os resultados operacionais que aceleram ou travam as atividades e as tarefas da sociedade.  Em alguns casos mais graves as crises económicas levam à emigração e à desertificação, com problemas de sobrevivência dos ecossistemas e das comunidades locais, com situações que se identificam a migrações de indigentes dependentes das doações alimentares e a ecossistemas em que o solo, o ar e a água não reúnem condições para qualquer subsistência de uma atividade e de sobrevivência.  

As sociedades não se estão a responsabilizar sobre as consequências, ou regulam as causas ou teremos um contexto de situações muito mais graves de sustentabilidade e como consequência um caos humanitário e sanitário.  As Organizações internacionais têm de reinventar outros métodos e sistemas para salvaguardar no mínimo os serviços e bens de primeira necessidade essenciais à vida.  Uma disrupção e uma portabilidade urgentes, com base nas ciências, dos sistemas económico e financeiro, não há duas humanidades, nem dois planetas azuis e nem dois Universos para viver e conviver.  As causas estão diagnosticadas, as soluções nos contextos atuais de loucura têm de existir ou as consequências serão devastadoras para as próximas gerações e ecossistemas.

A responsabilidade de todos é o único caminho para a sobrevivência humana.          Dalai Lama

05 Fev 2025

SUBSISTÊNCIA DA SOBREVIVÊNCIA

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