A verdade e a mentira levam-nos à palavra "ética" vem do grego ethos e significa caráter, disposição, costume, hábito, sendo sinônima de “moral” no latim, a ética resulta de ideais desde a filosofia pré-socrática, à Socrática, à de Platão, à de Aristóteles, à da Idade Média, das correntes do renascimento e do iluminismo da Idade Moderna, da revolução francesa da Idade Contemporânea. Os ideais e as ideias ao princípio são confrontados, pode existir rejeição ou tolerância, por vezes geram conflitos ou tornam-se normais e naturais, com aculturação e enculturação faseadamente, em que as minorias formam maiorias, em que os interesses individuais passam a ser interesses coletivos e fazem parte dos hábitos e das culturas dos povos e das raças.
As ideologias e os idealismos, dos ideais e das ideias, dos supostos génios ou idiotas e a necessidade de se fazer prova da verdade para que não prevalece uma mentira ou uma meia verdade ou meia mentira como um argumento meio cheio ou meio vazio. As ideologias e os idealismos à partida nunca foram considerados doutrinas ou crenças, nos contextos e nos conteúdos, sem se implantarem e implementarem, afim de serem aceites como diagnósticos ou remédios em linguagem popular e teses ou teorias em linguagem científica. Na dúvida da verdade de que “eu só sei que nada sei” de Sócrates, não sabemos muito bem onde estamos e onde iniciámos a jornada, quer por intuição ou por conhecimento, mas também não sabemos muito bem por onde vamos…
A política, a filosofia, a relatividade, a quântica, a cibernética com histórias de éticas, no ontem, no hoje e no amanhã articuladas por ocasiões, por sentimentos, por hábitos e por falácias atendendo às circunstâncias, eventualidades, particularidades e comportamentos. As situações jogam com sensibilidades e intuições, com conhecimentos das razões de facto ou de direito, mas também têm sofismas, enganos ou acasos, aplicadas às ciências naturais, humanas, sociais e formais, são supostos ou pressupostos, com base em incógnitas e equações num determinado enquadramento temporal e geográfico. Na certeza de “eu penso logo existo” de Descartes, até parece que daqui não saio e daqui ninguém me tira, mas é também um suposto ou pressuposto estrutural e conjuntural de um qualquer desígnio de e para….
Nos ideais e nas ideias há propósitos para o controlo dos poderes e dos saberes para paradigmas, em que a vida para uns vale tudo e para outros não vale nada, com ou sem ética, na lógica ou na demagogia, os princípios e os valores reduzem ou elevam a cidadania, só que uns conseguem viajar à parte com um destino e a maioria fica retida sem destino. Os confrontos e conflitos políticos. religiosos, económicos e financeiros iniciam-se e terminam mas, não nascem nem morrem por geração espontânea, aguardam por um tempo e uma situação apropriada, são maturados e mitigados, captam-se, manipulam-se e acertam-se sempre que haja as mínimas condições ..
A ética representa um paradigma nas resoluções das incógnitas e equações, uma disposição na defesa dos princípios e valores, um conhecimento sobre um saber e poder ser, estar, fazer e ter, com uma história e uma filosofia de vida. A paz é um dos propósitos fundamentais da ética assim como o humanismo ou o voluntariado, na paz não há guerra, “só os mortos conhecem o fim da guerra” de Platão e o conhecimento humanista produz luzes e não trevas. Os sonhos transformam a sociedade segundo Augusto Cury, e o sonho comanda a vida, mas com o voluntariado não existe limites “o amor ao próximo não conhece fronteiras ideológicas ou religiosas” de Martin Niemoller. Uma vida sem ética é um vazio destes referidos itens, daí a resiliência na procura da essência da vida e as constantes e sucessivas transformações sociais da humanidade.
“O erro da ética até ao momento tem sido a crença de que só se deva aplicá-la em relação aos homens.” Albert Schweitzer