A deslocação do ar ocorre quando há mudanças na pressão de um lugar para outro, o ar move-se dos locais de alta pressão para os de baixa pressão e a esse movimento é denominado vento. Os ventos podem ser brisas, fracos ou fortes ou ainda mais fortes os que ocorrem em tornados e furacões com consequências devastadoras Fenómenos da sociedade também ocorrem insignificantes, mais significativos e por vezes destrutivos com base nas pressões quotidianas, persistentes, mais conflituosas e ainda revoltas sociais. Os fenómenos atmosféricos podem gerar intempéries ou tempestades arrasadoras e os fenómenos sociais podem gerar graves confrontos e até guerras, ambos passam com o tempo ou com um diálogo dissuasor, renasce a bonança e a paz.
Um caminho pode ter a natureza de uma estrada com um código para conectar localidades e permitir o objetivo de conhecer contextos sociais, naturais, formais e humanos sobre o ser social, o ter da posse, o fazer da iniciativa e o estar do formato. As civilizações tiveram, têm e terão estradas para evoluírem e objetivos com causas de princípios, contextos de valores e consequências de ideais. As sociedades têm propósitos conforme as religiões, as políticas, as economias e as finanças que garantem regimes nas condições de democracia ou de autocracia. As encruzilhadas das estradas possuem prioridades que garantem a estabilidade, de acordo com as relações previamente estabelecidas e com mútuas responsabilidades e competências.
Os novos ventos são sempre originais, independentemente do paradigma e quaisquer que sejam os ideais, até quando renascem das cinzas, revelam criatividade e espírito inovador, podem ser exóticos, fora do vulgar e por vezes excêntricos. Os novos ventos afetam tanto o individuo quanto a sociedade, alteram conceitos, transformam o tempo dos tempos e as ideias têm impacto tanto no pensamento quanto no rumo da história. Os novos ventos sopram sempre quando se tem clareza sobre o destino, quando as aspirações e as vontades se encontram e a estrada tem um propósito. No entanto há ventos que se levantam e que nada era suposto, mas não nos deixemos levar para onde não se quer ir e mantenhamos o segredo sobre o propósito do vento face à estrada.
Novos ventos e novas estradas sempre ocorrem e se dissipam pela evolução das espécies, dos habitats e de novas descobertas científicas e tecnológicas, pacificamente ou violentamente conforme as causas, os contextos e as consequências em cada época. A luta social constante e simultânea entre saberes e poderes foram sempre as divisas, umas vezes disruptivas, outras vezes utópicas e ainda por vezes por reflaxão. A natureza humana por norma é flexível, ocasionalmente inflexível e por vezes violenta, mas a violência gera violência, os ventos mais fortes quando atingem as estradas destroem-nas e novas necessidades e capacidades surgem, supostamente a sustentabilidade formal, natural, social e humana resulta de um equilíbrio sem conflitos.
O Mundo encontra-se com novos ventos e com novas estradas, as causas são a arrogância ou prepotência da maioria, o oportunismo ou o preconceito de alguns e o fundamentalismo ou populismo de muitos, estes itens são explosivos, em contextos de quem vive com tostões em contraste com quem vive com milhões, da exploração da miséria, da ignorância e do medo, da corrupção nos regimes e de muita demagogia de promessas utópicas para o futuro. A confiança e a esperança encontram-se nos extremos das escalas de princípios e valores, em apoios e em rejeições, com um conflito surdo, mudo e cego em geral na humanidade e em particular ao nível do planeta com as alterações climáticas, os confrontos bélicos, as clivagens diplomáticas são cada vez mais graves no sentido de se equacionar já como solução uma terceira guerra mundial.
A violência é sempre terrível, mesmo quando a causa é justa Friedrich Schiller