29/10/2024 às 08:55

AVUUPA OU EVROPA

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A designação Europa vem desde a mitologia grega, nome de uma princesa fenícia que o Deus Zeus sequestrou após se disfarçar de um touro branco e sob esse disfarce a levou para Creta, Homero enuncia como uma rainha de Creta e mais tarde deu-se o nome ao centro-norte da Grécia e posteriormente às terras do Norte.  A palavra deu também origem a teorias ou lendas numa delas significa “largo e amplo” e um “olho, rosto, semblante” como algo de “ampla contemplação”, numa outra interpretação de origem semita tem o sentido de algo “para ir para baixo” talvez pela rotação da terra face ao sol e ainda uma outra de origem asiática como “Ouzhou” que ainda hoje é usado para se referirem à União Europeia nas relações diplomáticas., mas as designações que mais se aproximam da palavra atual são de origem turca “Avuupa ou Evropa”.

 A Europa cresceu gradualmente, no poder e no saber, desde a antiguidade com o historiador grego Heródoto, com os mapas de Hecateu de Mileto, na representação do Mundo com três continentes: a Europa, a Ásia e a Africa. O continente da cristandade que se afirmou na idade média, com as agregações das tradições do norte dos deuses da natureza com as tradições do sul dos deuses da humanidade, mas a chamada Euroásia só após os descobrimentos se redefiniu no espaço geográfico atual e mais recentemente voltou a ser redefinida, politicamente e economicamente, após a queda do muro de Berlim por um Conselho da Europa a 47 e a 27 estados a União Europeia.  

 A Europa no ter, ser, estar e fazer vem desde os Homo erectus e os Neanderthalis bem antes do surgimento dos humanos modernos, os Homo sapiens, na antiguidade clássica os gregos e romanos deixaram os pensamentos, leis e as línguas atuais, na idade média ocorreram as migrações dos povos bárbaros e o império romano, na idade moderna o renascimento, a reforma protestante , os descobrimentos, o mercantilismo, o iluminismo e a revolução científica, na idade contemporânea as guerras napoleónicas, a revolução francesa, a revolução americana, a revolução industrial, as guerras mundiais, , mais recentemente a formação da sociedade das nações ONU, a guerra fria dos blocos políticos e a reunificação estratégica na Nato e económica na CEE.

 A Europa o expoente de uma filosofia social (religião, política, economia e finança), o chamado eixo do Mundo face ao meridiano de Greenwich, com orgulho no passado, a pensar o futuro e a salvaguardar o presente.   Uma história com estórias, em liberdade e democracia, um propósito de paz e humanista entre os povos e as raças, ameaçada e à deriva por mãos e vozes sem rosto, dos milionários e bilionários ou oligarcas pelo controlo do poder e do saber, nas sociedades secretas (irmandades, máfias e tríades), nas seitas religiosas, na informação das redes sociais, nas eleições livres ou não.

O paradigma geopolítico e geoestratégico da Europa é muito complexo, mas temos de acreditar na essência das leis do universo “de acordo com a conjuntura de Hartle-Hawking os cientistas postularam que o Universo seria finito, mas com fronteiras móveis e ilimitadas”.   O Mundo está em constante transformação, em que os regimes não são estáticos, mas em contínua alteração e sob a influência dos blocos das organizações internacionais.  A humanidade tem as palavras, ideias e doutrinas subjacentes à cultura e educação de cada povo e raça, conforme os interesses em causas, contextos e consequências, mas a Europa tem de ser o pendulo da balança e não pode nem deve reagir a um qualquer fenómeno ou conflito regional por impulso conjuntural exterior.

Nas horas de seu maior apogeu, a Europa parece ter se tornado vazia por dentro, paralisada por uma crise, que ameaça a sua saúde e a faz depender de transplantes.                                              Papa Bento xvi

29 Out 2024

AVUUPA OU EVROPA

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