A Humanidade está-se a adequar a novos paradigmas em quase todas as áreas com perturbações, exageros e excentricidades sociais por utopias, distopias e retrotopias, subvertendo os princípios fundamentais e sem quaisquer valores acrescentados, nomeadamente quanto aos valores humanísticos e aos direitos dos referidos princípios. Num contexto em que tudo é posto em causa e o injustificável depende das circunstâncias, com as escalas por vezes insustentáveis quer por fundamentalismos ou fanatismos é preciso uma expressão mais forte que ponto final a este estado de alma.
Ao Mundo louco e tonto acresce ainda uma postura do anormal que nada tem haver com pressupostos do bom senso e do bem-estar individual ou coletivo, com caprichos e com requintes, muitas das vezes gratuitos, de malvadez e de marginalidade. A natureza face à humanidade revolta-se por a ausência das boas ações e práticas e o universo aguarda pelo desfecho deste confronto, as forças afastam-se ou reúnem-se conforme o conflito entre as partes, “a natureza não faz nada em vão” de Aristóteles e a humanidade provoca-a interruptamente, mas em última instância “a unidade é a variedade e a variedade na unidade é lei suprema do Universo” de Isaac Newton.
Na imprevisão da espiral da dinâmica da evolução “somos os prisioneiros de uma sociedade descartável ", a única maneira de escapar “é criar um design sustentável” de Philippe Starck. Nesta conjuntura de prisioneiros e descartáveis invariavelmente ou ficamos loucos ou tontos, loucos quando perdemos quaisquer referências e posturas e ingressamos no campo dos fundamentalismos (política), tontos quando perdemos as referências e as posturas e desaguamos no campo dos fanatismos (religião). A evolução anormal nestes paradigmas de educações na configuração mundial, levou-nos à degradação da humanidade com consequências nefastas para a natureza “na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” de A. Laurent de Lavoisier.
A alucinação necessita urgentemente nos seus propósitos do concreto, do sentido e do futuro, com um choque atípico a operar por disrupção, portabilidade e sustentabilidade, com uma interrupção, pela necessidade de reorganizar, de reiniciar, de renascer das cinzas, sem teses preconcebidas que já nos fazem mais mal do que bem. Uma proposta de transformação da sociedade, a favor de uma forma de organização social que dispense o valor negativo do Estado das políticas de prepotência e preconceito que, reinvente novas Instituições e Organizações de livre arbítrio para os cidadãos. Exclua qualquer intervenção de credos e de ideais extremistas que concebem o homem escravo de si próprio, escrutínios universais uninominais na quantidade e na qualidade, mas com uma justiça independente e seletiva dirigida ao coletivo, à universalidade.
As demências não serão loucas, nem tontas nem tão pouco anormais quando existir a participação em eleições, em qualquer ato, até mesmo só manifestando a abstenção, para usufruir dos bens e serviços de primordial necessidade. Ninguém é de ninguém, mas todos somos contribuintes para os bons resultados operacionais, a menos que queiramos ser filhos de um Deus menor por defeito ou por excesso, sem nostalgia ou demagogia, mas todos temos de ser responsáveis por todos. É indispensável voltarmos a viver em sociedade e a liberdade não é tristeza, não podemos ignorar a história, a menos que deixamos de respeitar-nos e de existir como espécie, não podemos ainda ignorar o esforço e a dedicação das anteriores gerações, é imperioso que tenhamos consciência do que andamos a implantar e implementar sem coração e sem razão