Desde o inicio de século passou-se por uma crise financeira, por uma pandemia e por guerra que afetaram a humanidade e sem fins à vista, de forma estrutural nos Estados e conjuntural nas Instituições, nomeadamente nas Nações Unidas e em outras Uniões Políticas. Uma política que se concentra basicamente em duas grandes áreas a da nacional prepotência e preconceito de um pseudo centro direita e a do internacional porreirismo e facilitismo de um pseudo centro esquerda, ambas se converteram à corrupção, o nepotismo e à extorsão sistemática. O aumento exponencial da extrema direita e da extrema esquerda tem como base duas grandes causas, o oportunismo de uma promoção social e financeira nos novos partidos e uma revolta social por a perda dos direitos no trabalho, na habitação, na saúde e na educação no Estado de direito.
A direita e a esquerda não radicais converteram-se através da meritocracia, da resiliência, da xenofobia e homofobia a política numa caixa de pandora em que encenam as tragédias do medo, ignorância e miséria e comédias políticas, religiosas, económicas e financeiras num cinema ou num teatro em que a ficção e a realidade se confundem. Elegendo e promovendo salafrários nas artes visuais e artes cénicas, indivíduos menos honestos, que se vendem a qualquer preço produzindo cenários e enredos para iludir e massificar o povo com o objetivo de manter o status quórum dos grandes interesses instalados, dos amigos e dos amigos dos amigos numa rede indecente e promiscua.
As artes visuais e as artes cénicas conseguem inverter valores, direitos e princípios pela palavra ou imagem, pelas teorias ou novelas e ainda pelas doutrinas ou programas, com fundamentalismos que têm como objetivo a segregação da sociedade atendendo a que estão ligados aos governos e a regimes para controlar as existências e as realidades. Um paradigma ou conceito principal, de uma identidade política normativa ou empírica e de um sistema que depende do contexto para esclarecer, justificar ou criticar de acordo com o regime, nomeadamente, quando pelo o voto os regimes radicais assumem o poder e a transformam em autocracia. A democracia é subvertida e passa a ser um dogma que se convenciona não pôr em causa, não analisar ou discutir e muito menos evoluir pelo o voto com a participação do povo em eleições sérias e livres.
A palavra democracia vem do grego onde "demo" significa povo e "krátos", poder, emerge como o regime primeiro e o último a considerar, permite a coabitação entre a esquerda e a direita, com defeitos e virtudes, mas é o último depois de todos os outos falharem, nasceu na Grécia antiga em Atenas, garantia a participação dos cidadãos. A democracia pode ser direta ou indireta conforme a forma de participação da sociedade, diretamente os eleitores elegem os representantes e indiretamente conferem-lhes o poder das decisões. A democracia eventualmente poderá criar mecanismos em que o povo pouco ou nada possa decidir, nomeadamente quando não são referendadas certas e determinadas existências e realidades que à partida estão para além dos eleitos.
As referidas comédias têm de compreender que o jogo dos monopólios terminou, por muitas novas regras que se possam, eventualmente, inovar aos processos de negócio quando o jogo está viciado. As supracitadas tragédias não podem justificar a perda da qualidade como danos colaterais face a uma desintegração massiva e sujeitar o planeta às alterações climáticas por uma exploração desenfreada da humanidade. O Universo reclama sustentabilidade, disrupção e portabilidade dos ecossistemas, dos recursos humanos e naturais e de outros sistemas a fim de sermos, termos, vivermos e fazermos respeitar os bens e os serviços essenciais, mas será que há interesses em destrui-los?... Aguardamos por uma existência ou uma realidade superior que possa salvaguardar a vida e negar o Apocalipse e as profecias do fim dos tempos.
“Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu” Lucas 21:11