09/09/2024 às 10:00

DISTOPIA OU UTOPIA– PORTABILIDADE

29
3min de leitura

A ética tem como origem o termo grego ethos e significa uma procura de um modo de vida com carater, Platão acrescenta-lhe os hábitos de vida que se relaciona diretamente coim a moralidade e o modo como devemos ser, ter, estar e fazer.    Um hábito de existência nobre em que os princípios e valores norteiam a ação e a reação no dever, na responsabilidade e na vontade, desde a ética sofistica na arte de lidar com do dia a dia, com a introdução do espirito critico na ação e na reação e o nascimento da dialética através da indução e da consciência e Arístocles chama a si uma definição de vida virtuosa, sem prazeres, sem riquezas e sem honras.   No renascimento e no iluminismo é arte de alcançar o bem-estar, a felicidade e convívio, após o obscurantismo, e já Kant afirma que "age de tal maneira que possas ao mesmo tempo querer que a máxima da tua vontade se torne lei universal".

Dialética tem como origem o termo em grego dialektiké e significa o “caminho entre ideias”, a arte do diálogo, de debater, de persuadir ou de raciocinar, também conhecida na antiguidade como a arte da palavra para Platão e sinónimo de filosofia para Sócrates na arte de perguntar, de responder e de refutar e ainda para Aristóteles a lógica do provável.   Kant define-a como como uma ilusão de princípios subjetivos nas situações que com Karl Marx e Engels evolui para uma doutrina materialista com três prorrogativas, a passagem da quantidade à qualidade, a verdade e a mentira são faces da mesma moeda e a negação da negação, posteriormente Lenine e Estaline aproveitaram-na o primeiro pela positiva na unidade o segundo na unicidade pela negativa para um objetivo sem classes sociais.

A demagogia tem como origem os termos gregos “demos” e “agogós” que significa a arte ou poder de conduzir o povo, uma estratégia para manipular a maioria que se confunde com democracia segundo Aristóteles e que chamava à democracia política e daí às vezes a democracia e a demagogia coabitarem nas razões de fato e de direito. Nesta arte do saber ou poder de conduzir e de utilizar argumentos apelativos, emocionais ou irracionais, em vez de argumentos racionais, a fim de atingir determinados objetivos, reside o paradigma da manipulação. A estratégia é geralmente utilizada pelos movimentos radicais da estrema direita e da estrema esquerda para colher dividendos dos conflitos estruturais e conjunturais com base na miséria, no medo e na ignorância por deficiente educação, ensino e civismo. 

Os referidos termos tiveram origem no berço da filosofia e da história das ideias, concorrem simultaneamente nas ações e nas reações das realidades e existências desde o tempo dos tempos no saber e no poder, evoluindo os conceitos do ser, do ter, do estar e do fazer nas tomadas de posições conforme as ilusões, as induções e as virtudes para estimular, persuadir ou manipular.  Na cidadania o diálogo, o hábito, e a condução têm tido um papel preponderante, moldando-a de acordo com as causas, contextos e consequências. num processo de negócio em permanente conflito.   A ética, a dialética ou ainda a demagogia, são utilizadas, por vezes, com o propósito de alimentar tragédias e comédias de utopias redutoras, com duas opções o mau ou o medíocre, como inevitáveis e sem alternativas. 

As supracitadas variáveis tiveram no estado laico e na separação do estado da igreja “as sementes de outros fundamentalismos”, os revolucionários que advogaram a cada um segundo as suas necessidades ou capacidades, na arte de persuadir e da ilusão de uma sociedade perfeita.    Num outro paradigma os reacionários com base na doutrina social da Igreja e nos dogmas da família, da pátria e de Deus que evoluíram por oposição para o liberalismo e o neoliberalismo e ainda por totalitarismo para o fascismo e os sociais nacionalismos.    Os paradigmas divergem quanto às segregações homofóbicas, xenófobas e racistas ou às agregações dos fanatismos que conjugam a política com a religião na arte do disfarce e da virtude divina.     As artes da distopia de uma sociedade imaginária.

O progresso é a lei da história da humanidade, e o homem está em constante processo de evolução.                 Auguste Comte

09 Set 2024

DISTOPIA OU UTOPIA– PORTABILIDADE

Comentar
Facebook
WhatsApp
LinkedIn
Twitter
Copiar URL