A inteligência artificial define-se como a capacidade d uma máquina para reproduzir competências semelhantes às humanas. raciocínios, aprendizagens, planeamentos e criatividade. A capacidade desta máquina complexa subentende a apropriação das memórias do saber e do poder da inteligência humana, sem a perceção dos desvios padrões com competências semelhantes, mas não iguais atendendo à conjugação de fatores pontuais fora da caixa, numa aprendizagem seletiva e condicionada por axiomas, com um planeamento em que não há desvios e situações imprevisíveis e de uma criatividade que pode ou não ter espírito critico, mas não excêntrica que nada condiz com a genialidade.
A inteligência humana é progressiva, metódica e com livre arbítrio, face às relações amistosas ou conflituosas quotidianas de amor, de ódio e de empenho, com a ética de princípios e valores objetivos e subjetivos em cada ser, de uma dialética no “caminho entre ideias” na arte do estar, do persuadir ou do raciocinar e por vezes de uma demagogia no chamado saber de conduzir e manipular argumentos a fim de atingir determinados objetivos. A paixão, o rancor e as reações psicossomáticas condicionam as resoluções e os desfechos, utópicos ou distópicos, numa sociedade perfeita ou imperfeita face aos preconceitos, às prepotências, aos estigmas sociais e a condições de vida livres ou opressivas, humanas ou desumanas e normais ou caóticas no ter patrimonial e na posse emocional.
A inteligência artificial não pode relegar a inteligência humana para uma situação semelhante ao que o Homem fez a Deus, com tragédias sociais e humanitárias, até de uma miséria envergonhada, de uma pseudoignorância e de um medo não declarado. A humanidade está atrapalhada, possivelmente estará atormentada a breve prazo e eventualmente aterrorizada num futuro próximo, por situações de rutura, face aos custos estruturais e conjunturais que põe em causa a sobrevivência da inteligência humana e aguardemos que não tenhamos uma sociedade ainda com falta de serviços e bens de primeira necessidade a um nível global face às sucessíveis crises e guerras pontuais.
As causas da utilização da Inteligência Artificial são evidentes nas comédias políticas, religiosas, económicas e financeiras, nestes contextos desenha-se uma estratégia, no dia a dia, com crimes ambientais, de tráfico, epidémicos e genocídios, as consequências têm reflexos e evidências nos resultados das metas e dos relatórios ao nível Mundial. A inteligência artificial por razões humanas, sociais, naturais, formais, não pode estar imune a valores, a princípios e a direitos fundamentais, segregando e ostracizando a vida e relegando-a para um paradigma sem sentimentos e emoções. A bem de uma sustentabilidade entre a inteligência artificial e a inteligência humana devem existir comparticipações pecuniárias socias, normais e permanentes atendendo a que se está a substituir a Inteligência Humana em postos de trabalho e criar desequilíbrios sociais.
A Inteligência Artificial terá de ser normalizada e facilitar as existências e as realidades da sociedade contribuindo para a solidariedade com base em fundos financeiros que promovam a sustentabilidade civilizacional e ambiental. A inteligência Humana terá de se redimensionar numa perspetiva superior e não ficar dependente por qualquer motivo, terá ainda de inverter e de se libertar das tendências da globalização do poder das políticas, da dependência e da ostentação financeira e económica de uma mínima minoria e da massificação social das religiões, inovando e adaptando métodos e sistemas de educação, ensino e civismo. As inteligências não podem ser património ou estarem à disposição de lóbis de incendiários salafrários ou de inqualificáveis malfeitores que podem destruir a humanidade, o planeta e o universo por ocasos evolutivos, caprichos sem justificação e intenções agiotas, deixando-nos só recordações de um Admirável Mundo Velho no caos.
Mais do que máquinas precisamos da Humanidade…
Mais do que a inteligência precisamos de afeto e ternura.
Charles Chaplin